Chambinho do Acordeon, ou Nivaldo Expedito de Carvalho, seu nome de batismo, contou ao CidadeVerde.com que não pode falar muito sobre o filme, por questões contratuiais, mas que está bastante animado e, ao mesmo tempo, sentido a grandiosidade de ter que representar o maior ícone do forró. “Luiz Gonzaga é um dos cinco maiores nomes da Música Brasileira. Atualmente, estou com o meu tempo todo dedicado a ele. Estou tentando absorver e respirar ao máximo a obra gonzagueana que é muito extensa”, pontua.
Mas a ligação de Chambinho com o Rei do Baião aconteceu desde a sua mais tenra idade. “Luiz Gonzaga é o pai de todos os sanfoneiros. Desde que eu era criança, eu escutava as músicas do mestre porque meu pai era muito fã, então eu escutava tudo, desde as mais conhecidas até as desconhecidas”, afirma.
O cantor explica que sua família é da zona rural de Jaicós, do povoado Várzea Queimada, mas que ele nasceu em São Bernardo do Campo (SP), onde mora atualmente, embora desde os três anos venha regularmente ao Piauí e tendo morado em terras piauienses dos 8 aos 13 anos. “Eu me considero jaicoense e todos os anos volto ao Piauí e toco na região de Picos. Ano passado também estive fazendo shows em Teresina”, descreve. O artista diz que sua família tem tradição musical e que começou a tocar pandeiro aos 7 anos, passando pra a sanfona aos 11, já no Piauí.
Filme
O diretor Breno Silveira pretende com “Gonzaga de pai pra filho” mostrar a relação entre Luiz Gonzaga e Gonzaguinha. Em entrevista ao jornal “O Globo”, ele conta que desde o sucesso de “2 Filhos de Francisco” começou a pensar no novo filme biográfico, mas que fez sua opção ao ouvir gravações em cassete de conversas entre os dois.
“Fica claro naquelas gravações o quanto ele desconhecia aquele pai que morreu admirando o filho. Há trechos da conversa deles em que você chora. Trechos em que Gonzaguinha diz: ‘Tô chegando no sertão. Sertão que era do meu pai. Pai que eu não conheci direito.’ Já Gonzagão fala: ‘Mesmo que não tenha sangue meu nas suas veias, você é meu filho’”, conta Breno.
Chambinho deve viver o Rei do Baião no auge do seu sucesso, dos 30 aos 50 anos. Outros dois atores, cujos nomes ainda não foram divulgados também devem encarnar o personagem.
“O roteiro já chegou a ter 300 páginas de tanta história que me contaram. E olha que ainda falta gente para ouvir. Levei seis anos escrevendo esse filme porque aqui estamos tratando de um personagem mítico”, diz Breno. Segundo o diretor, se "2 filhos de Francisco" era a história de um sonho sob a ótica de um pai, seu filme sobre o clã Gonzaga é a saga de um mito vista pelo olhar de seu filho. “Quando Gonzaguinha tinha uns 17 anos, teve uma briga com o pai, que se espantou ao ver um garoto barbado, de esquerda, fazendo música. Gonzagão quebrou o violão do filho e disse que só iria reconhecê-lo se ele tivesse anel de doutor. Sem pedir ajuda, Gonzaguinha se formou em Economia só para entregar um diploma ao pai e foi viver de música. Esse cara fez tudo para conquistar o amor do pai”, finaliza.
Fonte: Cidade Verde | Forró Dicunforça
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