Há espaço pra quem realmente quer trabalhar, diz Dona Bill

Muita gente a conhece de nome, mas muitos nunca a viram pessoalmente. Ela é a responsável por colocar a bandaGarota Safada no mercado e lançar, com apenas 15 anos, seu filho caçula como líder do grupo. Estamos falando da Dona Bill, mãe de Wesley Safadão. O Forró Dicumforça a encontrou no show delançamento do DVD de Wesley em Fortaleza e, claro, não poderia deixar de entrevistá-la.

Orgulhosa em ver o filho brilhar em sua terra natal, Dona Bill disse que vê no líder da Garota Safada, um futuro brilhante. “A gente fica até sem palavra e, ao mesmo tempo, emocionada por mais uma conquista. Não é fácil. Eu, como mãe, tenho orgulho imenso. Vejo a pessoa dele com futuro. Eu sei da capacidade que ele tem. Deus abençoando ele vai muito mais além do que a gente está vendo hoje. Daqui pra frente é só felicidade”, afirmou do alto do camarote da Garota, minutos antes do filho adentrar o palco e agitar a multidão que foi prestigiá-lo no último sábado (18), no Mucuripe.

Mãe de três filhos, mas apenas com Wesley no meio artístico, Dona Bill se emociona ao falar da família. “Tenho 3 filhos, ele [Wesley] é o caçula. Mas todos são engajados na banda. Aonde ele vai, vai com os dois irmãos dele. É um dirigindo e outro fazendo social, o que ele não pode fazer. Graças a Deus somos uma família pequena e, ao mesmo tempo, bastante grande pelos amigos que a gente tem, pelas pessoas de bem. Isso é o mais importante. E pela gratidão que a gente tem por todo o Ceará, todo oBrasil e por que não dizer com todo mundo”, conta, acrescentando que o filho começou a carreira dançando com 12 anos e com 15 anos assumiu a frente da banda.

Sobre a concorrência ferrenha no forró, Dona Bill, experiente no assunto, é clara ao dizer que há “um espaço muito grande para quem realmente quer trabalhar”. “Trabalhar pensando no bem, sem puxar tapete de ninguém. O espaço é pra todos. Quem faz o certo, é isso, colhe sucesso. Wesley é um exemplo não só pra mim como mãe, mas para muitos forrozeiros”, declara.

“Quem criticou ele no passado, hoje vê que a gente sem ter banda, público, é unido. A gente vive só pra trabalhar, mas tem hora que você precisa se isolar para realmente enxergar quem merece estar ao seu lado. Hoje a gente só tem a agradecer a todo mundo. Muita gente boa. O Brasil todo está abraçando ele. Só Deus pode dizer. Eu pensava que ele ia ser jogador de futebol e do nada ele chegou: mãe, eu vou cantar”, acrescenta a mãe coruja.

Para Dona Bill, Wesley, desde cedo, teve um exemplo de vida em casa: ela mesma. “Eu já sofri muito. Eu não podia chorar. Eu era quem representava meus 12 irmãos. Eu não podia chorar, por que se eles vissem chorando ficavam tristes. Graças a Deus a gente é uma família muito unida”, relembra.

“Hoje ele é pai, mas é meu caçula. Quando ele está triste me chama e diz: mãe vem aqui, mãe faz isso, mas faz aquilo. Tenho muito orgulho pela pessoa que ele é: simples, humilde com muito amor e Deus no coração”, finalizou.

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